A linguagem como instrumento cognitivo no trabalho dos operadores de processo contínuo de produção

Autores

  • Gilbert Cardoso Bouyer Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP, Campus João Monlevade-MG

DOI:

https://doi.org/10.14488/1676-1901.v11i3.810

Palavras-chave:

Ergonomia Cognitiva, Análise Ergonômica do Trabalho, Cognição, Linguagem

Resumo

 Este artigo demonstra que há uma forte relação entre linguagem, cognição e percepção na atividade de trabalho de controle de processo contínuo. O método de pesquisa adotado foi a análise ergonômica do trabalho. Um grupo de 35 operadores de controle de processo contínuo foi estudado. Os resultados sugerem que expressões linguísticas e percepção evidenciam experiências corporais recorrentes, e mostram que a estrutura da linguagem que o operador habitualmente usa influencia o modo como ele percebe seu ambiente, e o modo como ele percebe seu ambiente influencia a estrutura da linguagem no trabalho. A linguagem não é meramente uma expressão do conhecimento adquirido pelo operador. Há uma correspondência fundamental entre pensamento, linguagem e percepção, de modo que um fornece recursos para o outro. Os significados básicos de termos do trabalho assim adquiridos serão embriões para a formação de conceitos importantes para a atividade de trabalho. Um operador inicialmente aparenta usar a linguagem para uma interação social superficial mas, a partir de certo ponto, esta linguagem penetra no subconsciente vindo a se constituir na estrutura do pensamento do operador no trabalho.

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Biografia do Autor

Gilbert Cardoso Bouyer, Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP, Campus João Monlevade-MG

Professor Adjunto do Departamento de Engenharia de Produção da UFOP-Joao Monlevade,  DEENP-ICEA-UFOP; Doutor em Engenharia de Producao pela USP; Mestre em Engenharia de Producao pela UFMG, Engenheiro Quimico pela UFMG

Publicado

06-09-2011

Como Citar

Bouyer, G. C. (2011). A linguagem como instrumento cognitivo no trabalho dos operadores de processo contínuo de produção. Revista Produção Online, 11(3), 779–802. https://doi.org/10.14488/1676-1901.v11i3.810

Edição

Seção

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