Função de produção para uma empresa do setor aéreo brasileiro
o caso da Gol
DOI:
https://doi.org/10.14488/1676-1901.v24i1.5165Palavras-chave:
Função de produção, Empresa Gol, Elasticidades de produção, Retornos à escalaResumo
Dentre as companhias aéreas do mercado nacional, a Gol tem participação destacada. Desse modo, estimar a função de produção da companhia é importante para verificar a eficiência técnica da mesma, a fim de melhorar o seu desempenho em termos de produção. Sendo assim, o estudo tem como problema de pesquisa a análise da função de produção para a Gol, considerando os dados trimestrais da empresa entre os anos de 2003 e 2022 e a variável Passageiro por Quilômetro Pago Transportado (RPK) em milhões de reais como produto. O modelo, estimado pelo Método de Correção de Erros (MCE) com erros-padrão robustos, definiu as elasticidades parciais de produção para as variáveis de capital (Horas de Voo Totais Diárias) e de trabalho (Funcionários Efetivos no final do período), no curto e no longo prazo. Essas elasticidades mostraram que a produção é mais sensível a uma variação no insumo de capital, ou seja, é intensiva em capital. Ademais, como as elasticidades obtidas para o fator trabalho foram negativas, o mesmo apresentou produto marginal negativo, sendo necessárias medidas para aumentar a produtividade do mesmo de forma a alterar tais valores. No que tange aos retornos à escala, verificou-se para a empresa estudada, retornos decrescentes à escala no curto prazo, mas crescentes no longo prazo.
Downloads
Referências
ABEAR – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS AÉREAS. Os 90 anos do SNEA e a história da aviação comercial brasileira. Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/os-90-anos-do-snea-e-hist%C3%B3ria-da-avia%C3%A7%C3%A3o-comercial-brasileira-abear-gwljf. Acesso em: 26/03/2024.
AEROMAGAZINE. Os desafios da aviação comercial no Brasil. Disponível em: https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/os-desafios-da-aviacao-comercial-no-brasil.html. Acesso em: 26/03/2024.
AYDIN, U.; KARADAYI, M. A.; ÜLENGIN, F. How efficient airways act as role models and in what dimensions? A superefficiency DEA model enhanced by social network analysis. Journal of Air Transport Management, v. 82, p. 1-15, Jan. 2020.
ALVES, L. B. Produção agrícola agregada do Estado do Paraná em 1995. Revista Anhanguera, Goiânia, v. 3, n. 1, p. 103-121, jan./dez. 2002.
BIELSCHOWSKY, P.; CUSTÓDIO, M. C. A evolução do setor de transporte aéreo brasileiro. Novo Enfoque, v. 13, n. 13, p. 72 – 93. 2011.
BINDER, M. P. Rede de recursos: um modelo desenvolvido a partir do caso Gol linhas aéreas. Revista de Administração e Inovação, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 28-43, 2009.
CASTRO, K. P.; SILVA, L. H. S.; MARINHO, A. Análise da fusão Azul-Trip sob a ótica dos ganhos de eficiência. Revista de Economia Contemporânea, v. 23, n.1, p.1-33, jan./abr. 2019.
CAVES, D.W.; CHRISTENSEN, L. R.; DIEWERT, W. E. Multilateral comparisons of output, input, and productivity using superlative indices numbers. The Economic Journal, v. 92, n. 365, p. 73-86, Mar.1982.
COBB, C. W.; DOUGLAS, P.H. A Theory of Production. The American Economic Review, v.18, n. 1, p.139-165, 1928.
DOGANIS, R. Flying off course: the economics of international airlines. 3. ed. Londres: Routledge, 2002. 368 p.
DOGANIS, R. The Airline Business in the 21st Century. Londres: Routledge, 2005. 253 p.
DOUGLAS, G. W; MILLER, C. J. Economic regulation of domestic air transport: Theory and policy (Studies in the regulation of economic activity). Washington: Brookings Institution, 1974. 211 p.
FERREIRA, J. C. Um breve histórico da aviação comercial brasileira. Anais do XII Congresso Brasileiro de História Econômica e 13ª Conferência Internacional de História de Empresas. Niterói: UFF/ABPHE, 2017.
FORBES. Latam amplia liderança no mercado aéreo brasileiro em 2023. Disponível em: https://forbes.com.br/forbes-money/2024/01/latam-amplia-lideranca-no-mercado-aereo-brasileiro-em-2023/#:~:text=ultrapassou%20a%20Gol.-,A%20Latam%20encerrou%202023%20com%20participa%C3%A7%C3%A3o%20de%2037%2C8%25%20no,acordo%20com%20dados%20da%20Anac. Acesso em: 28/03/2024.
FREGNANI, J. A. T. G.; ORRA, T. H.; ELLER, R. A. G.; MATTOS, B. S. The impact on production and costs after the acquisition of an airline by a competitor in Brazil: a Cobb-Douglas function application. Transportes. v. 17, n.1, 2019.
FREITAS, B. F. Aplicação da função de cobb-douglas com restrições em casos de companhias aéreas. Trabalho de conclusão de curso (Ciências Atuariais) - Universidade Federal de São Paulo. Osasco. 2021. 54 f.
GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. 4º Trimestre de 2011. 26/03/2012a. p. 27.
GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. 1º Trimestre de 2012. 4/05/2012b, p. 20.
GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. Reporte de resultados do terceiro trimestre 2019. 31/10/2019, p. 19.
GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. Relatório de resultados do segundo trimestre 2020. 31/07/2020, p. 22.
GRIFFITHS, W. E.; JUDGE, G. G.; HILL, C. Econometria. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 496 p.
GUJARATI, N; PORTER, D.C. Econometria básica. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 924 p.
HESHMATI, A.; KUMBHAKAR, S.C.; KIM, J. Persistent and transient efficiency of international airlines. European Journal of Transport and Infrastructure Research, v. 18, n. 2, p. 213-278, Apr. 2018.
JULIBONI, M. Gol (GOLL4): entenda por que empresa pediu recuperação judicial nos EUA. Disponível em: https://www.moneytimes.com.br/gol-goll4-entenda-por-que-empresa-pediu-recuperacao-judicial-nos-eua/. Acesso em: 09/02/2024.
KURODA, E.T.; KALFAS, A. J.; ELLER, R.S.G. Aplicação da função Cobb-Douglas para análise da produtividade no setor aéreo: o caso da Gol. Journal of Transport Literature, v. 6, n. 2, p. 169-179, abr. 2012.
MARTINI, G.; PORTA, F.; SCOTTI, D. Persistent and transient productive efficiency in the African airline industry. Journal of Productivity Analysis, p. 1-20, May 2023.
NOLAN, J.; RITCHIE, P.; ROWCROFT, J. International mergers and acquisitions in the airline industry. In: PEOPLES, J. (Ed.). The economics of international airline transport. Portland: Emerald Group Publishing Limited, 2014, p. 127-150.
OLIVEIRA, A. V. M. Transporte Aéreo: Economia e Políticas Públicas. São Paulo: Pezco Editora, 2009. 197 p.
OLIVEIRA, S. R. Rota de colisão: a história, a crise e o fim da Varig. Rio de Janeiro: E-papers, 2011. 272 p.
PAVAUX, J. L'économie du transport aérien: la concurrence impraticable. Paris: Economica, 1999. 434 p.
PINDYCK, R.S.; RUBINFELD, D.L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2006. 641 p.
ROCHA, S. P. M. Uma estimativa da função de produção no setor sucroalcooleiro utilizando microdados de custo. Tese (mestrado em Economia) - Fundação Getulio Vargas, Escola de Pós-Graduação em Economia. Rio de Janeiro, 2013. 47 f.
SANTOS, M.L.; LÍRIO, V.S.; VIEIRA, W.C. Microeconomia aplicada. Visconde do Rio Branco, MG: Suprema, 2009. 649 p.
SCOTTI, D.; VOLTA, N. Profitabilty change in the global airline industry. Transportation Review, v. 102, p. 1-12, Jun. 2017.
STRASSBURG, U; OLIVEIRA, N. M; PIACENTI, C. A; PIFFER, M. Notas sobre a
função de produção agropecuária agregada do Paraná. Revista de política agrícola. v. 23, n. 3, p.18-28, jul./ago./set. 2014.
VARIAN, H. R. Microeconomia: uma abordagem moderna. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 756 p. 1044.
VELLOSO, J. P. R. (Coord.). Transformando crise em oportunidade: diagnóstico e bases para um plano de desenvolvimento da aviação comercial brasileira (com segurança). Rio de Janeiro: José Olympio, 2007. 140 p.
VOEGOL. Gol relações com investidores. Disponível em https://ri.voegol.com.br/conteudo_pt.asp?tipo=53858&id=0&idioma=0&conta=28&submenu=&img=&ano=2009. Acesso em: 15/07/2023.
WHITE, L.J. Economies of scale and the question of natural monopoly in the airline industry. Journal of Air Law and Commerce, v. 44, n.3, p. 545-573, 1978.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Produção Online
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista se reserva no direito de efetuar, no artigo publicado, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
A obra publicada é de inteira responsabilidade do(s) autor(es), cabendo à Revista Produção Online apenas a avaliação da obra, na qualidade de veículo de publicação científica. A Revista Produção Online não se responsabiliza por eventuais violações à Lei nº 9.610/1998, Lei de Direito Autoral.
A revista Produção Online permite que o autor detenha o copyright dos artigos aceitos para publicação, sem restrições.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
