Um estudo de caso sobre o impacto das restrições médicas nos custos ergonômicos escolares de um município

Autores

  • Tiago Silveira Gontijo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix http://orcid.org/0000-0003-2636-899X
  • Patrícia Monteiro dos Santos Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
  • Thiago Augusto Batista Franco Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
  • Andressa Amaral de Azevedo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

DOI:

https://doi.org/10.14488/1676-1901.v17i3.2729

Palavras-chave:

Ergonomia. Funcionalismo Público. Método ABC. DORT. RULA.

Resumo

As intervenções ergonômicas são consideradas ferramentas eficazes para a saúde laboral e podem ser utilizadas por escolas, tanto para melhoria da produtividade, quanto para a redução dos custos associados. O funcionalismo, apesar de buscar resultados sociais, possui preocupantes índices de despesas relativas a restrições médicas, as quais interferem na qualidade do serviço e oneram a máquina pública. Desta forma, uma variável fundamental de pesquisa é a ideia de benefício-custo, que deve alinhar-se aos conceitos de ergonomia e aos custos da organização, fazendo com que os gestores tenham uma visão ampla da escola e disponham dos recursos essenciais para a tomada de decisão. Este trabalho visa levantar os custos ergonômicos em uma escola, com base no método ABC, de modo a identificar o impacto de cada atividade nos custos da instituição. Os resultados apontaram que na escola, os custos relativos à mão de obra correspondem a 86% dos custos totais. A restrição médica gerou impactos significativos nos custos e obrigou o município a contratar profissionais terceirizados, aumentando em 274% o custo previsto para despesa com pessoal.

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Biografia do Autor

Tiago Silveira Gontijo, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Viçosa (2011), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013). Atualmente é professor no Instituto Metodista Izabela Hendrix nos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia de Produção, Engenharia Civil, Administração e Contabilidade. Atuou por mais de um ano como Analista de Regulação Tarifária na Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais, ARSAE-MG, sendo um dos responsáveis pelo cálculo das tarifas de água e esgoto da COPASA-MG, COPANOR-MG, CESAMA-JF, SAAE de Passos e SAE de Ituiutaba. Também atuou como supervisor do Núcleo de Melhoria de Processos da ARSAE-MG. No tocante à temática da extensão universitária, participou de atividades do Projeto Manuelzão (UFMG), perfazendo um total de 400 horas. Tem experiência na área de Economia e Engenharia, com ênfase em Supply Chain, Gestão da Qualidade, Administração de Sistemas de Produção, Regulação Econômica, Econometria de Séries Temporais e Análise Multivariada, atuando principalmente nos seguintes temas: energias alternativas, precificação, saneamento e decisão sob incerteza. Realizou estágios no Ministério da Justiça - CADE (análise de fusão e aquisição de empresas), Projeto Bioenergia UFV (estudos de viabilidade econômico financeira de projetos industriais) e Fundação Christiano Ottoni.

Patrícia Monteiro dos Santos, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Departamento de Engenharia de Produção. Ergonomia

Thiago Augusto Batista Franco, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Departamento de Engenharia de Produção. Ergonomia

Andressa Amaral de Azevedo, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Departamento de Engenharia de Produção. Pesquisa Operacional.

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Publicado

15-09-2017

Como Citar

Gontijo, T. S., dos Santos, P. M., Franco, T. A. B., & de Azevedo, A. A. (2017). Um estudo de caso sobre o impacto das restrições médicas nos custos ergonômicos escolares de um município. Revista Produção Online, 17(3), 909–930. https://doi.org/10.14488/1676-1901.v17i3.2729

Edição

Seção

Artigos