Qualidade de vida e estresse ocupacional em trabalhadores de presídios

Autores

  • Aurea Luzia Carvalho Fernandes Faculdade Santa Maria
  • Valéria Lira de Sousa Faculdade Santa Maria
  • André Luiz Dantas Bezerra Centro Universitário de João Pessoa
  • Larissa de Araújo Batista Suárez Faculdades Integradas de Patos
  • Vandezita Dantas de Medeiros Mazzaro Faculdades Integradas de Patos
  • Monica de Andrade Universidade de Franca
  • Milena Nunes Alves de Sousa Universidade de Franca; Faculdades Integradas de Patos; Faculdade Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.14488/1676-1901.v16i1.2095

Palavras-chave:

Trabalho. Presídio. Qualidade de Vida. Estresse Ocupacional.

Resumo

O Sistema Penitenciário brasileiro apresenta muitas falhas, que envolvem desde o tratamento dispensado aos presos, como a situação de trabalho dos profissionais atuantes neste cenário. Este fato conduziu à realização desta investigação, a qual teve o propósito de identificar à presença de estresse decorrente das atividades laborais, avaliar o nível de qualidade de vida dos trabalhadores e correlacionar as dimensões de qualidade de vida com o estresse ocupacional entre os dos agentes prisionais. Pesquisa descritiva, transversal e quantitativa, realizada com 35 trabalhadores (70% do universo) atuantes no sistema carcerário de Cajazeiras, Paraíba após parecer 815.685 do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria. Para a coleta de dados foram utilizados o World Health Organization Quality of Life – Bref (WHOQOL-Bref) e a Job Stress Scale (JSS). A análise foi feita a partir da estatística descritiva e inferencial. Nas comparações entre os domínios de qualidade de vida e os fatores de estresse no trabalho, utilizou-se o teste de Friedman e para controlar o efeito do erro de conjunto realizaram-se testes de bonferroni. Os resultados, quanto ao estresse ocupacional, indicaram que a demanda psicológica foi o que apresentou maior pontuação (3,74) e a falta de controle do trabalho a menor (2,71). O nível de qualidade de vida total dos agentes prisionais apresentou média de 71,07, com maior escore para o domínio social (76,90 pontos) e o menor ao ambiental (62,23 pontos). Ao correlacionar a qualidade de vida com o estresse, houve correlação negativa e significativa da qualidade de vida total com a falta de controle sobre o trabalho (ρ = -0,42; p <0,05) e com o estresse total (ρ = -0,41; p <0,05) mostrando que quanto maiores os níveis de estresse menor a qualidade de vida. Apesar de a qualidade de vida ter sido adequada, o domínio ambiental tem implicado em sua redução, bem como o estresse ocupacional, sendo este mais afetado pela falta de controle do trabalho. Sugerem-se intervenções no campo da promoção da saúde e segurança no ambiente ocupacional, com melhorias gerais nas condições de vida e de trabalho dos agentes prisionais.

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Biografia do Autor

Aurea Luzia Carvalho Fernandes, Faculdade Santa Maria

Enfermeira. Pós-graduanda em Enfermagem em Dermatologia pela Faculdade Santa Maria, Cajazeiras, Paraíba (PB), Brasil.

Valéria Lira de Sousa, Faculdade Santa Maria

Enfermeira. Pós-graduanda em Enfermagem em Obstetrícia e Neonatologia pela Faculdade Santa Maria, Cajazeiras, Paraíba (PB), Brasil.

André Luiz Dantas Bezerra, Centro Universitário de João Pessoa

Enfermeiro e Cirurgião-Dentista, Especialista em Saúde da Família. Socorrista do SAMU de Ibiara, Paraíba (PB). Pós Graduando em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Faciais pelo Centro Universitário de João Pessoa, João Pessoa-PB, Brasil.

Larissa de Araújo Batista Suárez, Faculdades Integradas de Patos

Psicóloga e Graduada em Administração. Especialista em Psicopedagogia. Docente nas Faculdades Integradas de Patos, Patos-PB, Brasil.

Vandezita Dantas de Medeiros Mazzaro, Faculdades Integradas de Patos

Médica. Mestranda em Medicina (Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil. Docente nas Faculdades Integradas de Patos, Patos-PB, Brasil.

Monica de Andrade, Universidade de Franca

Bióloga. Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais. Docente do Programa de Pós-graduação em Promoção de Saúde, da Universidade de Franca, Franca (SP), Brasil.

Milena Nunes Alves de Sousa, Universidade de Franca; Faculdades Integradas de Patos; Faculdade Santa Maria

Administradora e Enfermeira, Doutora em Promoção de Saúde, Pos-Doutoranda em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca, Franca, São Paulo (SP). Docente na Faculdade Santa Maria e nas Faculdades Integradas de Patos, Paraíba (PB).

Publicado

15-03-2016

Como Citar

Fernandes, A. L. C., Sousa, V. L. de, Bezerra, A. L. D., Suárez, L. de A. B., Mazzaro, V. D. de M., Andrade, M. de, & Sousa, M. N. A. de. (2016). Qualidade de vida e estresse ocupacional em trabalhadores de presídios. Revista Produção Online, 16(1), 263–277. https://doi.org/10.14488/1676-1901.v16i1.2095

Edição

Seção

Artigos